domingo, 6 de novembro de 2016

Ela (Part I) Resposta

Enviada dia 22/10/2016 as 13:28
Antes de começar esta, reli mais algumas vezes tudo que já dissemos desde o inicio até o subentendido fim. Queria focar nas tuas ultimas linhas, mas algumas questões exigiram de mim este “remember”. E foi o que fiz, pra poder começar sem deixar nada pra trás.

Assim como aqui foi relatado, sempre ouve entre nós algo misteriosamente impactante. Desde o primeiro encontro até a despedida que não foi preciso ser anunciada. E algo que me recordo bem, e disto eu não precisaria nem reler ou fazer esforço pra puxar na memória, foram às quantidades de vezes que mencionei que iríamos nos ferir e as dezenas de promessas que me fez de que isso, não aconteceria. Inicialmente, esta era uma preocupação “exclusivamente minha” haja vista que, meu dossiê de fato, era muito mais pesado que o seu. Entre todos os momentos mais difíceis que passei, uma delas foi lhe confessar minha situação sabendo que eu corria o grande risco de perdê-lo. Pois bem... Lembro-me como se fosse ontem, o momento exato em que saiu e bateu a porta. Aquela noite sem você entrou pro “ranking” das minhas noites assombradas. Aceitei seu silencio, imaginei sua dor, aceitei sua condição de ausência respeitando fervorosamente sua decisão (celular desligado, hospedado num lugar isolado onde eu sequer conseguiria encontrá-lo mesmo que quisesse) de não querer falar comigo. Permiti que o furacão da minha verdade o arrastasse deixando a seu critério voltar ou não pisar no meu chão. Quando por fim resolveu voltar, me ouvir, falar comigo, sentamos e decidimos que “nunca mais nada, em absoluto, ficaria por dizer” ainda que isso fosse ainda mais devastador que este primeiro furacão.

A questão é que daquele dia em diante, iniciou-se a construção de um futuro, onde não haveria arestas ou qualquer brecha para um próximo “ruir de estruturas”. E assim, fomos confeccionando planos, sonhos, carta por carta. Subindo brilhantemente cada andar, projetando e sentindo aquela obra tão real, tão alicerçada que catástrofe alguma parecia ser capaz de destruir. Eu deixei todos os meus medos de lado (e eles eram inúmeros), você me fez acreditar em cada passo, e sem perceber eu me despi da armadura (coisa que nunca havia feito) pra me vestir de você. Rompi meus protocolos, quebrei todas as minhas regras, e fiz de você, meu único e primeiro plano. E embora abominasse todo e qualquer tipo de promessa, (justamente por ter sofrido e aprendido que elas não foram feitas pra serem cumpridas) comecei a me agarras nas tuas juras, como se elas fossem à base de toda aquela tela que juntos, estávamos pintando. Não me considero ingênua, nem tampouco o julgo desonesto. Até porque, sinceramente, tenho um dispositivo filho da puta que me alerta, sempre que algo esta perfeito demais. Então se continuei se acreditei, se (me) permiti, considero-me única responsável.

Acredito que meu “confesso” tenha dado a você, certa “segurança” e coragem pra também “confessar”. E você pode até estar achando que fui egoísta, que tudo que nos trouxe até aqui foi o meu orgulho e que se você foi capaz de perdoar e seguir, porque diabos eu também não poderia fazer o mesmo. Mas a questão é complexa e vai muito, além disso. Então voltamos ao inicio resumidamente. Quando voltou, eu coloquei todas as cartas na mesa, dei a você a oportunidade de exorcizar seus demônios em relação a mim e não havia pergunta que não pudesse fazer. Respondi a tudo que me questionou e se por um acaso ficou alguma duvida, não me responsabilizo por elas, afinal, você sabe muito bem que não mentiria e nem esconderia nada do que quisesse saber. O que ficou “pendurado ou subtendido” foi por sua conta. Logo, acredito que assim como dei a você clareza, merecia no mínimo o mesmo, e o que me feriu, não foi o que você fez, e sim o que me explicou em relação a tudo isso. Diferente do que fiz, você tentou deixar pra lá, e se tem algo que não consigo dar conta, são assuntos mal resolvidos. SIM! Eu preciso purificar cada ponto e vírgula, eu preciso ouvir respostas claras e exatas a todas as minhas duvidas. E quando isso não acontece, quando sinto esquivas ou mudança de assunto, a porra fica seria. Por não suportar ser repetitiva, acabo que “deixando pra lá” a pauta, o que não implica que ela esteja resolvida. Acho que você me conhece pra caralho e deve imaginar o “ponto crucial” do meu total desequilíbrio. Mas pra não restarem duvidas, vou relatar alguns pontos que talvez, possam ter passados desapercebidos ou mesmo tenham se perdido no meio dos gritos e cacos de vidro pós tempestade. 

“Não estava bêbado, nem fui forçado, aconteceu”
“Não, em momento algum pensei em você, naquela hora”
“Não fiz amor, fodi com ela”

Talvez agora você perceba que o que me “feriu” não foi você trepar com alguém, mas você ser CAPAZ de o fazer, sem culpa, sem duvidas, sem parar um momento sequer e dizer a si mesmo “O que vou dizer pra Bell?!”. Porque segundo você, eu não emergi em seu pensamento um único momento. E ai é que aconteceu o cheque mate. Porque antes de eu te contar sobre a minha vida do lado de cá, tínhamos uma situação, e quando me apaixonei por você, quando contei a você o fiz, porque tinha total e completa certeza de que FICARÍAMOS JUNTOS. Pois você me prometeu isso, você me fez acreditar que me esperaria, que não importava o que passássemos, o futuro seria na casinha da praia de frente ao mar, conversando num fim de tarde e rindo de todas as dores que nos fizeram ficar mais fortes e chegar até aquele lugar. E ao invés disso o que você fez? Foi capaz de se deitar com outra mulher, dizer pra mim que fez porque quis, e que não pensou um momento sequer em mim e que esperava que sendo sincero, houvesse perdão.

Deus...

... quem sou eu pra dar o perdão a alguém? Quem sou eu pra julgar e dizer que pecado é maior ou menor? Quem sou EU senão alguém que se apaixonou, que se encantou, que descobriu o amor a milhas de casa e fez disse a base, o alicerce, a cura para todos os meus medos, problemas, desespero.

O que estou dizendo aqui, não é nada que já não saiba, acho que no fundo você já sabia exatamente onde foi que a coisa pegou. Mas como “falar” tem sido algo muito mais complicado do que deveria ser, resolvi escrever, depois de ler tudo que você deixou por ai, creio que deixar a minha parte esclarecida aqui, é justo. Você disse que não sabe como proceder, que não sabe mais como esta seu nome na minha agenda, que se ressabiava ao me acordar. Que tem mudado sua rotina em determinados lugares. Bom... dizem que pra maioria das pessoas os amores vem e vão, que paixões são passageiras, que nenhuma ferida lateja por uma vida inteira. Acontece MHS, que eu nunca fui como as pessoas normais, eu nunca fui capaz de sair da minha zona de conforto. Eu estava certa ao temer tudo que vivemos, porque eu sempre soube que você seria diferente. Desde que o vi pela primeira vez, eu tive a certeza absoluta que você seria a “ultima vez que faria isso” e te deixei isso muito claro.

Não me arrependo, embora possa parecer. Você é uma pessoa incrível. Um homem maravilhoso e alguém que faria qualquer mulher feliz dividindo uma única escova de dente. Você disse varias vezes que eu despertei em você, um homem que nem você sabia que tinha. Volto a dizer, não acordei essa fera, você só precisava da pessoa certa pra sentir vontade de romper a jaula. E como viu, viveu, sentiu, eu não sou a única capaz de fazer isso.

E espero que um dia, você realmente esteja disposto a sentar-se comigo e conversar sobre “este assunto” sem medo ou receio de como eu vá (re)agir. Porque posso garantir a você uma coisa. Prefira me ver gritando, estraçalhar as louças, voar em seu pescoço, destruir a casa a me encontrar encolhida no sofá, em silencio sem ser capaz de dizer uma única palavra. Eu sei lidar com a raiva, sei trabalhar a magoa, mas nunca fui ou serei capaz de conviver com qualquer duvida. Seja ela qual for. A ausência, a omissão, o seu medo de me contar as coisas, reverte neste meu silencio, e quanto mais ele me ensurdece, mais eu me anulo. Mais nos distanciamos. Você me pediu pra quebrar o silencio, pediu pra que eu parasse com isso. Mas isso só vem através de textos. Sabe a quanto tempo vc não fala comigo no vk? Se deu conta disso? Sabe porque não te mando mensagem no wpp? Pq odeio te enviar mensagens e não ver instantaneamente minha mensagem marcar "recebido". Me disse que voltou a colocar em modo avião, e sabe o quanto isso me irrita. Então N coisas vão me fazendo calar, vão me afastando de vc, vão me fazendo acreditar que é assim que tem que ser. É!?  Como pode me dizer que tentou, como pode dizer que tem tentado? Diz que evita meu blogger por conta de outra pessoa, repito, é pra ele que escrevo? É sobre ele as coisas que digo? Enquanto você recua, eu me afasto. E com isso, além da distancia geográfica, vamos criando um abismo entre nós. É isso mesmo que quer? É assim que tudo que passamos vai acabar? Tudo que tem que ser resolvido, não depende de quem comenta os textos que escrevo pra você, nem tampouco se define na noite em que fodeu com a "Nora". TUDO ISSO depende de nós, de como acentuaremos os Is e cortaremos o T. Não cabe mais a mim em escrever, ou a você em cantar. Tudo isso precisa se complementar a nossa sinceridade e ser uma única verdade. A NOSSA! 
Ass: Bell.B 

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Você...

Ela andava sem rumo, sem direção. Muitos a viam como uma mulher segura, posicionada, certa do que e de como queria as coisas a sua volta. Não era de toda uma mentira, ela costumava saber e fazer tudo exatamente do seu jeito, e o que não dava ou não sai como queria, simplesmente abstraia. Como se aquilo não interferisse em nada em sua via. Muitas vezes, o que ela conseguia muito bem era disfarçar, e nem todos tinham olhos pra captar isso. Naquela tarde muitas coisas reviraram seus pensamentos, talvez uma mensagem tenha a despertado, talvez a força do pensamento dele a tenha chacoalhado, quem sabe fosse a saudade emergindo os sentimentos adormecidos, guardados no fundo da memória, empoeirados num canto oculto em seu coração, que sozinha, ela não tivesse forças para acordar. Ainda era uma incógnita tudo isso. Quando down, não sabia exatamente dizer o que doía mais, o que fazia divagar, o que a provocava a ponto de realmente a fazer encarar. Nesses estados, ela simplesmente reagia. Sim! Reagia, pois agir estava fora dos seus planos. Naquela tarde fria, seu coração doía, seus ossos pareciam ranger por debaixo de seus músculos, ela se arrastava pelo tempo. Como se não precisasse de tempo pra mais nada, senão sobreviver ao que a vida estava lhe impondo. Seria mentira dela, dizer que durante todos esses meses não pensou nele, seria mentira dela dizer que durante todo esse tempo não sentiu falta dele. Ela sentiu... E sentiu uma PUTA FALTA dele. Se deu conta de que o que estava passando não era o fim do mundo e que já havia encarado situações piores, mas também se deu conta de que das outras vezes não estava sozinha. E isso a fez pensar em o quanto lhe era importante aquela pessoa, que nos últimos meses, sumira como se não fosse alguém que tivesse marcado tanto a sua vida. Uma simples frase, um gesto peculiar, um olá... Na maioria das vezes era isso que tinha dele, e porra... Como coisas tão pequenas são capazes de mudar, alterar, remodelar um dia que poderia quase ter sido ruim. Como o simples é fantástico quando se tem por perto alguém que de fato se importa, alguém que  realmente ama você. E por isso, resolvi te escrever, e quem sabe assim, aliviar a falta enorme que me faz você...  


É... era diferente acordar com um sms de "bom dia", era incrível ir dormir com um "durma bem". Era irritantemente gostoso ser acordada no meio da madrugada com um "to pensando em vc/só pra constar te amo/psiu... ta acordada/bla bla bla". Eu não sei como as coisas acontecem ai, o que sente quando esta na laje vendo o sol se por, ou quando sai pra pedalar, caminhar na orla, eu não sei como tem sido não ser interrompido no meio da aula, ou ser por outra pessoa que não eu, mas sei que ir pra "lost" há muito não é mais igual. Às vezes o céu esta azul que chega a doer, as nuvens tão brancas que mais parecem bolas de algodão, e por mais que eu sopre, elas não se mexem, e mesmo que eu implore pra que elas levem meus recados até você, elas me dizem não. Da minha janela eu não vejo mais a tão fiel e companheira Lua nossa, preciso sair e ir até o portão, e quando olho pra ela, ela me encara de volta com ar de desaprovação. Assassinei as molinhas mês passado, e não senti nada! Não tinha você pra me recriminar e brigar pelo crime absurdo em querer remodelar o que por natureza me foi agraciado. Tenho ido muito mais cedo pra cama, falta companhia, aquela que te faz lutar contra o sono sabe? Aquela que também esta lutando contra o sono mas que não consegue dizer tchau, mesmo que por poucas horas. Eu conheci pessoas novas, eu me permiti encantar, mas engolindo o meu orgulho te confesso, e faço isso morrendo de raiva de mim porque sei que ao ler isto talvez seus olhos estejam marejados mas este teu signo de cão não deixara barato e certamente ira inflar seu ego lhe fazendo dizer "é... esse cara sou eu". Pois bem, nenhum deles me encantou como você, me encanta como você! E talvez seja bruxaria, macumba, estratégia (brincadeira) mas como você... Ahhh meu LorúPrê, como você jamais existira ninguém. Ninguém que me coce sorrisos pela manhã, ninguém que me faça querer usar todas as palavras do mundo pra simplesmente descrever o que de fato só você me faz sentir e me provoca vontade de querer dizer. Não existira ninguém tão petulante a ponto de atravessar minha depre e conseguir me fazer rir num dia aonde quase desejei morrer. Não existira ninguém que me faça trepar na porra de um abacateiro a procura de sinal num lugar no meio do nada. Você é alguém que me fez desejar ser melhor, que me ajudou a ser melhor. Melhor como ser humano. E não adianta fazer "tsc" porque eu sei das suas dores, elas curaram as minhas, assim como as minhas, talvez tenham amenizado as tuas feridas. E antes que este mundo exploda, suma, desapareça com tudo que tivemos, fomos aqui, venho por meio desta dizer que em quase 7 anos aqui, você foi a melhor coisa que me aconteceu. A melhor pessoa que conheci, o parceiro mais leal, o amigo mais fiel, o cara que mais amei, de graça, sem esperas ou trocas, e te amei por ser só e quem simplesmente é por trás desta capa (perfil). Se você soubesse a pessoa incrível que é, se tivesse propriedade do ser HUMANO FANTÁSTICO que se esconde por trás dessa rabugentice toda, com certeza você seria o cara mais convencido e galinha do mundo. (e eu teria de matá-lo) Lú... eu acho que não preciso dizer isso, mas caso o tempo tenha adormecido parte de suas memórias e esfriado a parte em que eu ficava em seu coração, quero que saiba que eu te amo, eu sempre e pra sempre irei amar você. E mesmo que eu me cale, que eu suma, que o silencio se faça soberano entre nós, sempre haverá uma nuvem, um vento solto tocando meu rosto, um onda enorme se formando e quebrando na beira da praia me trazendo você. Sempre existira um filme, um reclame qualquer nos intervalos das novelas, uma canção, pra me transportar pra lá. (naquele canto tão nosso). E se mesmo um dia faltarem todas essas portas, eu simplesmente fecharei meus olhos, e te alcançarei, porque todas essas coisas não seriam capazes de me levar a canto algum, se nenhuma delas estivessem ligadas diretamente a você. Pra fechar, vou deixar uma canção que adoro, e por alguma razão, hoje ela me fez pensar o dia todo em você. Vai ver foi ela quem me inspirou a vir aqui e falar mais que lingua de sogra. Enfim e por fim... "teamoassimtudojuntoemiudinho"
Ass: Bell.B



Come up to meet you, tell you I'm sorry You don't know how lovely you are...♪

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

O Tempo



Eu estou bem, e espero que você também esteja.

Confesso que não esperava mais carta alguma (não de você). É curioso como a vida, vai nos moldando conforme o tempo, e nos fazendo compreender (entender/descobrir) certas coisas. Algumas das coisas que relatou nesta sua “ultima carta” me fizeram sorrir com aquele “arzinho de orgulho”, como se parte destas tuas “decisões” fossem de certa maneira, minhas também. Fico feliz demais por você, por ver que enfim,“saiu das fraldas” ou ao menos esta se esforçando ao Máximo pra isso. Fácil não é e nem nunca será e isso, posso falar com propriedade. De repente, algumas situações que de primeiro, parecem nada ter a ver com um futuro promissor, (como o rompimento de um relacionamento, uma mudança de bairro ou cidade, a perda brusca de um ente querido) alteram todos os fatores e rotas que antes de qualquer uma dessas situações não teriam acontecido. E aquela puta dor, aquela de estraçalhar o peito, de ferida latente vira força. E daí... Começam as novas perspectivas e vontades e os sonhos passam a parecer mais perto, enquanto outros deixam de ser tão importantes. Acho que o nome disso deve ser “amadurecimento” ou “velhice” mesmo. rs

Como você deve saber, ou ainda se lembrar, meu fim de ano é uma loucura. Este ano não rolou praia, passei alguns dias em “Lost”... Pensei em tantas coisas. Acabei fazendo uma “retrospectiva (senti)mental” e você entrou em várias partes dela. Não vou mentir, em vários momentos eu preferia não lembrar, até porque, grande parte desses momentos me entristeciam. Mas depois de concluir, repassar e refletir sobre tudo aquilo que estava dentro de mim, percebi que essa parada de “alimentar a mágoa” é como aquela parábola do “beber veneno e esperar que a outra pessoa morra”. E de alguma maneira, tudo que passamos me ensinou a ser melhor. Eu descobri que posso caminhar sozinha e que se eu escorregar e cair, sou capaz de me levantar sem precisar da sua mão. Eu aprendi que os meus sentimentos devem ser respeitados assim como devo respeitar os sentimentos dos outros. Eu até descobri que o mundo não gira em torno do meu umbigo. Eu evolui pra caralho.

 Eu tinha acabado de entrar em casa, estava uma bagunça na piscina, o som tocava no ultimo volume, alguma música que eu não consegui identificar. (provavelmente uma dessas modinhas que impregnaram as rádios com letra melancólica ou sem sentido) Quando estamos em lugares assim eu só lamento, porque o meu estilo de música é voto vencido ¬¬. Estava com uma puta dor de cabeça e fui fuçar no celular. Cliquei em algumas paginas salvas e de repente, abriu na sua carta. Eu costumo ler e acompanhar seus rabiscos, suas fotos, e por mais que eu tente ignorar isso, “ainda” é mais forte do que eu. De cara, achei que fosse alguma continuação das suas crônicas, até porque, não consigo me “ver” mais como uma inspiração, seja ela boa ou não pra você. Mas ao ver relatar as nuvens, as gotas... O Tempo. Tomei pra mim cada linha e como de costume, uma, duas, três... Quatro vezes. Muitas coisas mudaram, muitas escolhas foram feitas. Prevenir? Remediar? Tentar! Essa é a mágica da vida. Se atirar sem medo, fazer sem deixar o “se” nos dominar. E “se” não der certo, ter a humildade de assumir os erros e voltar. Mesmo que não seja pra ficar.

O endereço ainda é o mesmo. O número também não mudou. Já os sentimentos, bem... quando é amor e é de verdade, por mais que o destino apronte pra cima deles, eles permanecem. Muito e tanto e para todo o sempre.
Ass: Bell.B

sábado, 17 de agosto de 2013

Espera Passar...




Boa noite meu menino...

Digo isto porque sei que quando receber esta, não mais será dia. Bom... Eu sai dai com vontade enorme de matar você. De me matar. Mas a vontade perdeu espaço para algo muito maior do que sou capaz de controlar. Ah meu amor... Meu grande e único amor. O que posso lhe dizer mediante as tão mal traçadas, porém certas linhas? Não preciso relatar com exatidão o que tais causaram-me. Acredito que o efeito pós te ler, é bem parecido ao escrever-me. Eu queria lavar a roupa suja, tirar o pó da estante, acentuar os tantos (I’s) que faltam para que nos acertemos. Mas quer saber? Não acho que na altura do campeonato isso seja mesmo relevante. Quem ama perdoa, esquece, releva, cuida... AMA. E eu te amo. Como eu amo você. E te amo pelo seu jeito todo errado de ser. Amo seus defeitos. Aqueles que pra você são enormes, mas que aos meus olhos, são tão pequenos. Amo o jeito que me olha quando durmo. Como quem zela e cuida. Me inquieto com as interrogações que acentuam seu olhar quando digo que esta tudo bem, e você só por me olhar sabe que não está. Amo quando canta pra mim letras que falam de nós. Amo suas caretas quando solto um trago no meio de uma conversa boba num domingo à tarde ou sua sobrancelha serrada e seu bico quilométrico quando assassino as molinhas. Eu amo tudo em você. Seus dias cinzentos, seu silêncio ensurdecedor, suas dúvidas. Te amo não pelo que me faz sentir, nem pelo que sei que sentes por mim. Te amo só por te amar, e ainda que não me amasse, ainda assim eu te amaria. Porque com a soma de prós e contras, idas e vindas, silêncios e discussões... Você é uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida. Somos o que há de melhor, o que não da pra evitar e nem se pode escolher. (agora tu deve estar pensando... filha da puta cantou o que cantei) É meu amor... até nisso somos parecidos, embora pareça que em grande parte não. Enquanto escrevia-te esta carta, tocou uma canção, daquelas que parecem ditar um dos nossos momentos, nossas vidas. Não consegui evitar e acabei fazendo uma daquelas edições. Estou mandando ela junto com esta carta e espero que sinta ai ao ver, o que senti daqui ao fazer. Eu quero te ver, mas não ainda... Aceito o tempo que propôs, mas me espera, espera passar esse restinho de mágoa. Quanto a perdoar, não preciso dizer, basta o meu amo você miudinho e dai, conclua você. Sempre e pra sempre...

... Sua Pernoquinha.

Selou a carta com um beijo, se trocou e correu para enviá-la. Com sorte ele a receberia hoje mesmo.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Fim?


Não queria te dizer, mas definitivamente estou chateada com você. Na verdade, puta, muito puta! Pensei em te ligar, te mandar um sms, quase te adicionei em minha rede social outra vez. Droga!!! Você me faz perder o controle. Me faz te odiar de uma tal maneira, que chego a sentir todos os ossos do meu corpo doerem. Eu sei que o mês ainda não terminou, e até as 23:59:59 do dia 31 (merda, números ímpares demais), ainda será Agosto. Mas o dia 8 passou, e com ele a simbologia que pra mim, era de grande valia também. 08/08/2013 8 Anos. Foda-se... passou como outros tantos passaram. Como eu passei por você, como você tem passado por mim. É, a vida é mesmo assim. Engraçada, trágica, complicada demais. Quer saber? Não vou procurar mais por você, espero que continue a não querer me encontrar, não querer saber de mim. Eu nem ligo, pouco me importo. Eu não te enviarei esta carta, não mandarei mensagens, não vou te ligar. Porque esta é a última vez, que me permitirei falar pra/com/de você. Quando eu assinar, você não vai saber mais nada sobre mim. Acho que desta vez... definitivamente, chegamos ao fim.
Ass: Bell.B